O Confeiteiro

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...”Sempre que acordo Com a intenção de não ser O de ontém Mudo E o paradoxo mais bonito È que continuo sendo o mesmo”...

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Exageros


Tantas partes me divido
E em você tudo é exagero
Risos de Dezembro
Querer de beijos sem tempo

Melodias sopradas ao pé do ouvido
Tudo num infinito segredo de felicidade
clandestina

Por você que penso antes de falar
Mas, digo sempre o mesmo
Te amo, te quero, saudades
Minha eterna novidade

No escuro se faz vontade
No sonho realidade
Sóbrio até maldade

Bem me quer
E assim vai
Ruge alto no quarto
E urge

Tudo é fato
Nada são as horas no seu abraço
Num aumento
Se longe, todas são lembranças
ao seu lado.
[ E repete].

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Mulheres Apaixonadas

Quem dera , a fúria de todas essas mulheres
Espuma, pura quimera
Quem me dera ?
Dos Deuses

Primavera febril - que tanto floresce
Tão mortal e suspeita
tanta paciência , quando não volúpia

Caprichoso destino, resguarda o seio
Venoso sangue de fel e intriga

Candura, esse embalo e zelo

Tão sofregos os suspiros
Coisas de toda mulher ...

Uma brancura alva, pura luz que engendra
chuva no verão , calor no inverno


Do Mundo um vício, de vigilância cega

a finitude entregou tanta paixão
Na dosagem nunca houve exatidão.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Do Dia-a-Dia

O Amor é urgente.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Insone

Eu tenho que sonhar
Eu tenho que acordar
Para sonhar eu teria que dormir
Para acordar também

Minha linha estreita é essa
Preciso sonhar
Preciso acordar
E é como se eu não quisesse dormir.

Meu estado é o silêncio
Talvez não seja silêncio
Seja ignorância mesmo
Desconhecer realmente

E não ter mais sequer compaixão
para inventar a parte de dentro
ou a parte de fora

Quando penso
Quando falo
Digo para mim
Para mim mesmo

E para quem acaba ouvindo
Um tanto de invenções de uma parte minha que já foi
Que está indo
Que não é

Muitas vezes durante o discurso
Me escuto enquanto falo
E me afasto de mim mesmo
Ao ponto de parecer uma verdade mal contada para quem ouve

Mas, não há volta é vicioso
Estou só agora
E falo em voz alta para poder me ouvir
A noite vem com seus sons poucos

E eu apenas penso no que falo e escrevo
Já me vem o sono que eu não queria aceitar
Vou me deixando hipnotizar olhos pesados mãos lentas
Mãos pesadas olhos lentos

Durmo para o acordar e sonho para o escrever.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Marco Zero

Deveras semelhança ao instante anterior
Ao marco zero,
Onde nada, era eu.

Num remontado absurdo de esconderijos
A espiar
Sua graça catalã

Bendita,
Tarde que chegastes com hálito de maçã
Espalhando confusão

Trágicas, trágico
O acidente de corpos, o coração selvagem
Três mil pecados na sala

Nua, perdida, seios e ruas
Sina complexa- desfigura
Juras sinceras e a porta aberta

Não és minha, não sou seu
Descoberta, passas frio
Ao fogo, queimamos a razão

Ao nada tornamos
Semelhantes ao instante posterior
Vivos, cicatrizes sem pudor.

quarta-feira, 26 de março de 2008

A Fraqueza do Poema

Ela ou Ela
Desenlace fatal no seu olhar
Enquanto as paisagens correm pelas janelas
sem serem notadas e as notas tocam caladas
Precipício, alta erupção de dois vulcões
há tanto adormecidos
Suicídio se entregar quando algoz
o medo traz a fenda
O mercúrio escorre pelas mãos
fugidio , líquido, fugaz
Estou a fraquejar
Como quem tem pouco tempo a dar
Silêncio, o vento leva calmo
O outono me traz repetição certa
Ela, Ingrid
Orvalho da manhã amar

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Soneto de Carnaval


Caiu o sábado, e Iemanjá fez reverência
Consagrou o profano, pintou o céu de azul
Meu samba, saiu gingado, doido, folião
Todo emoção, seguiu a marcha e o bloco

Levantou domingo, São Luiz. sorriu
E depois choveu, calou bem pouco
Que sufoco! Seguiu a euforia
Dancei filosofias, perdi as horas

Subestimei, Segunda, caiu o pandeiro
Uns trinta parceiros me ajudaram a cantar
Um samba velho , uma velha marcha

Embriaguei a terça , já saudoso
Despi a musa , quebrei o vidro. Fiz farra nos camarins
Fiz dela Colombina, me fiz Pierrot .

domingo, 27 de janeiro de 2008

Considerações sobre o Amor e a Chinesinha.



Trago um pouco de ar para continuar a crônica. A respiração desse ar que me é condicionado.
A noite e a serena madrugada, trazem-me suaves brisas de calmaria, regadas, a um saudosismo esguio,veloz . um saudosismo da idade que possuo, pronto para qualquer vinho imortal. e seus desfiladeiros. acrobacias fatais, que com um sorriso de moço afasto o perigo. Verdadeiro é o cálice que a mulher carrega.Transbordante de verdade ( inquietação ). um céu dependurado.Com a sorte não se brinca, seus míticos reflexos.
Se uma mulher diz que o ama afasta-te incondionalmente ou ame em dobro. Jardim suspenso, flores no telhado são relatos. Que enchem as páginas de qualquer romanceado. Do mais, viver sem esses cálices. E o transbordo tilintante é demasiado pagão. Diante da universalidade assemelham-se as paisagens aos olhos. E não menos de meio mundo distante daqui. Juro, uma chinesinha , sutil, cala, resguarda, seu antídoto com uma dose de esperança.






quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Três Ilhas

Navegante sem título

A âncora e o porto. respira simples esses ares

Ilha , empresta essa bagagem


Ao acordar um pouco de sol

Quarto bagunçado um ritmo já enjaulado

Olhar em esquadros


Traçam os signos

Estreita a ponte vencida pelo tempo

Verso paralelo pequeno universo

Roda