O cigarro dilue o seu gosto nos meus lábios
Os pêlos arrepiados ainda cheiram a nudez do seu corpo
O cérebro nem responde, nem sente, nem mente
Acendo um cigarro
Pra encontrar a calma
Pra loucura sanar
Pra saudade chorar
Acendo outro cigarro
Sua música há de cessar
Sua voz no eco há de cansar
Sua imagem há de gastar
Outro cigarro
Pra poesia entoar
Pra poesia ficar no lugar
Acendo e apago, eu que nunca fui de fumar.