O Confeiteiro

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...”Sempre que acordo Com a intenção de não ser O de ontém Mudo E o paradoxo mais bonito È que continuo sendo o mesmo”...

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

DESMINTA-ME

DESMINTA-ME , por tão certa presença
Quero suas verdades lascivas na face
Não me traga dúvidas
Quero suas certezas absolutas

Antes de lhe tocar os lábios
E fazê-los suspirar meu nome
Fala do seu autor preferido
Sua antiga paixão literária

Canto, assim, minhas ideologias raras.

DESMINTA-ME , jogue fora minha organização
Minha auréola
Revire tudo , meus gostos , sabores , cheiros e pavores

Meus silêncios de segredo
Por esperar ser surpreendido
Surpreenda-me!
Quando já não esperar

DESMINTA-ME ou te devoro.

Ponto em comum , brilho de estrela
Olha para o alto , Tu
Eu te espero
Devolve que lhe devolvo a espera

DESMINTA-ME, qual é a sua graça ?
Rimo com olhos, cadeira e rua
Na sala, na fila no jardim
Estarei fazendo fita para me notar

DESMINTA-ME, por tanto sentir
Quero não sentir nada.
Nada além do cheiro de seus cabelos
E um sopro de sorte do destino

Senta do meu lado fique calma
Deixe que a volúpia cuide do momento
Fale comigo, sem pressa
Deixa todo resto

DESMINTA-ME, agora
Na espera, na vã linha, na insônia.
Coloco tudo ao seu lado
Tudo é puro e uma doce mentira.

Roda