O Confeiteiro

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...”Sempre que acordo Com a intenção de não ser O de ontém Mudo E o paradoxo mais bonito È que continuo sendo o mesmo”...

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Ego

Basta um canto pra enganar a morte
Sofre-se um tanto pra engravidar a sorte
Como se um no outro não se encontre
....Amortece


O amor tece com a capacidade de cada mão
Quem fica a discutir a beleza é pagão
Menos coerente ou não

Fuga, fulgaz, plurais
haverá um dia que não me iluda?
Jamais


È o fado são os dados

Minhas invenções

Parece engraçado

Como ontém tudo isso fazia sentido

E hoje

È apenas uma parte do mosaico

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Fôlego


È o início


È o fim


È assim um vício do fim

O ofício de ir


Dos meios, jeitos o existir


Das existências a ficção e a ciência


Nas ciências, quando, milagre


Nos milagres o início


No início, nada.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

I


Eu já abri tantas vezes o guarda-roupas
Troquei tantas vestimentas
Que já não sei
Qual delas fica mais bela

Já cortei tantas vezes o cabelo
pentei-o para um lado para o outro
Não decidindo se era cara ou coroa
Com a barba a fazer
Lembrei-me de que no fundo não tinha barba
E quando a fiz
Enruguei um pouco

Eu quis tanto achar
Fiz tanto pra descobrir
Mas, não deu
Eu mudei pra existir.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

O Ìndio






E se antes Índio
Agora Cacique
Se antes garoa
Agora tempestade
Na figura de linguagem meio termo
Agora o termo inteiro
Se antes com dúvidas
Agora o silêncio primeiro
Havia uma música
Agora o ritmo certeiro
Ontém brasileiro
Amanhã poeta estrangeiro.


quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Sóis Culpado

Andava quase cansado
Com coisas no bolso e passo apressado
E hoje vi uma flor

Há tanto não cantava
Com muito me preocupava
E hoje vi uma flor

Dentre tantas ruas, avenidas e calçadas
Não quis olhar a varanda da casa
E hoje vi uma flor

Com espanto e tentando não ligar
comecei a assoviar
E hoje vi uma flor

Com tanta sorte
Comecei a desconfiar para não contrariar
E hoje vi uma flor

Já era constante e se já tinha nome
dono não tinha
E hoje vi minha flor

Sendo minha secreto eu fazia
A espiava quando queria
E hoje vi uma flor.

Roda