O Confeiteiro

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...”Sempre que acordo Com a intenção de não ser O de ontém Mudo E o paradoxo mais bonito È que continuo sendo o mesmo”...

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Blues

Ode ao Blues perfeito
E toda a existência revestida na nota de um Blues
Porque saber quem sou
Não é tão importante

Se a noite
Vai invariavelmente na manhã seguinte
Tornar-se dia
Seguro minha gaita

E há dias que meu Blues
È sorridente estridente
Sem nenhum peso
De uma leveza
Que não é minha

Queria num desejo mortal egoísta
Tocar toda noite para um Belo sorriso
Arrancar lágrimas não é a intenção do Blues

Motivos
Também procuro motivos
Parto sem motivo sempre
Porque o sempre me assusta

Viver um amor de verdade
Pode colocar um tocador de Blues
numa situação irreversível
O medo de Amar
De ser correspondido de não sê-lo
de ser dependente ou causar dependência

Porque tanta dúvida?
È para acreditar
E ser surpreendido
Com qualquer surpresa

Surpreendo-me pensando no amor
Ah, sentimento que me ameaça
coloca em risco minha individualidade
Me incomoda
O que faço com minhas ideologias raras?
Meu egoísmo vil?
Minha poesia torta?
Controle sobre o que?
Ah, amor!

Palavras algumas doces palavras
Acreditar na beleza das palavras dele?
Ele fala sorrindo com brilho nos olhos
Mas ,
Este é o seu reflexo
Porque duvidar?

O Blues está sempre presente
Quando não esqueço da gaita
das coisas a data e o horário

O horário de partir e chegar
È qualquer um
Minha gaita desafinada
E meu medo de amar
Ainda são os mesmos

Sempre que acordo
Com a intenção de não ser
O de ontem
Mudo
E o paradoxo mais bonito
È que continuo sendo o mesmo

Nas noites de lua
Faço Blues
Bebo vinho
Falo de metafísica
E faço silêncio

Interpreto o personagem que mais fiz
E o mais utópico
O qual nem acredito

Coloco palavras
Em frente a minha porta
Acredito nas palavras
E dúvido com uma força descomunal

Junto palavras em folha de papel
Não sou exímio
Faço tentativas de exprimir o que sinto
No papel
Num papel

Descrever sentimentos
Os tornam tão pequenos diante de tudo
Que muitas vezes desisto
Deixo a folha em branco
a caneta repousada sobre a folha
E faço silêncio

Um silêncio alegre (...)

Como descrever o sentimento?
O sentimento do abraço que me induz a beija-la
O som e o ruído de sua respiração
Seus olhos delicadamente se abrindo diante dos meus

O maior assalto de infinita certeza
E a pior dúvida
Será?

A dolorosa partida
Porque há sempre pouco tempo
Há sempre a súplica
E a madrugada arrebatadora

Devora a minha idade
Provoca-me saudade
E não sei
Quando ganho ou perco tempo

Não sei quando vou
E ou fico para sempre
Se choro ou rio no abraço
Com dúvidas
Muitas dúvidas parto

Blues da Madrugada
Ora sereno
Ora verão
Ruas da pequena cidade de paralelepípedo
Luzes amarelas

Segredos
Quantos segredos
Se há em mim vontade de mudar ?
partir?
Há sim
E há medo

Há dias que me demoro
Observo calmamente as estrelas
Ou a estrela que elejo a mais bonita
Que tem mais brilho
Ou a que se faz mais opaca

Há noites que passo os olhos sobre o céu
E não me prendo em nenhum detalhe
Olho sem qualquer emoção
Estou só

Um pouco mais de Blues
Variações de notas musicais fluindo entre as mãos
violão nas mãos de um amigo
Notas musicais espontâneas
O dedilhado sobre as cordas

Quiçá uma rima
Uma rima urbana , poesia concreta
Êxtase de Blues
Frenesi dos Comparsas
Que assistem tocam
E sentem o Blues

Leveza do sentir
Todos os Comparsas
Sentem a falta de uma Pequena
E uma pena para inspiração

Uma alma feminina
Para recostar sobre o ombro
Segurar as mãos
Ser um pouco mais
Fazer poesia
Qualquer peripécia ou
Exibição ultra-româmantica démodé

Só não choro para não cair em contradição
Escolhi estar assim só
E Só observo as estrelas da forma
como sempre quero

A sensação da leveza do Blues
Que se mantém na madrugada
O silêncio
E a cumplicidade

Não foi mencionada
A perda de uns meninos bons
Que se reúnem para falar de sentimento e poesia
E não senti-lo
Quanto desperdício (...)

Desperdício?
Se o Blues assume tom metafísico
De sublime sentimentos
Posso apontar
Meus amigos , poetas e
Comparsas do Blues

Ode a noite anterior
Ode a manhã seguinte
Homenagem ao Blues e a Poesia
de Ontem
Que hajam verbos e existência
para conjuga-los Hoje

A força do fraco
A beleza do torto
È ser observador de si
Notar alguns pontos falhos
E quem sabe assumi-los

Quanto ao verbo Amar
Muitas vezes
Conjugo-o no tempo errado
Falando de Blues e gaita
Devo assumir sou um tanto desafinado.

10 comentários:

Dan disse...

não disse que o livro era um drama.

a parte disso.

Ode ao blues perfeito, em cada soma de nota dissonante de uma gaita sofrejando apaixonada.

Anônimo disse...

Ode aos amigos afinados com o Blues perfeito...
EU li Chuck... eu Li...

Thiago Minnemann disse...

Essa é sua obra prima, a que vai ficar pra sempre.

Tem tudo de você nela, mais do que talvez os outros possam imaginar!

Parabéns

Anônimo disse...

Em uma simples pentatonica de pensamentos terminadas com uma bela armonia de emoção...
???
hein?
xD

Vinícius Fullmann disse...

Sensacional.
Cada um que ler essa obra, verá um pouco de si próprio, sentirá aquele frio na espinha.. aquela vontade boa de estar entre amigos, ou nos braços de alguém.

Mais uma vez, parabéns, sincero amigo.

Unknown disse...

nossa vc me surpreende...gostei demais...

Anônimo disse...

Chuck...
meu irmão querido...
adorei seu blogger brow...se ta ligado que se ta no caminhu neh talento ta sobrando ai...
Parabens mlk adorei mesmo veio...
abraços amo vc mlk

Zarissima =) disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Zarissima =) disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Zarissima =) disse...
Este comentário foi removido pelo autor.

Roda