Num quarto vazio, encontro com outras partes minhas
Nesse caderno. já riscado com minha letra
Suspiro pausado e viro as páginas
Leio os poemas que eu mesmo escrevi
Versos soltos além de mim
Ora, rimados
Ora, desalinhados
Algumas folhas arrancadas
Outras amassadas
Frases inacabadas
Romances noturnos
Vírgulas mal colocadas
São rascunhos
Ensaios furtivos da madrugada, paixões não declamadas
Vitórias que não contei, beijos que ganhei
Despedidas que não aprendi.
Vou lendo, enchendo meus olhos.
As folhas escritas acabam
Sobram lembranças
O quarto e o caderno.
Honestamente, prefiro, não pensar no risco disso tudo.
O Confeiteiro
- Rafael Lizzio.
- ...”Sempre que acordo Com a intenção de não ser O de ontém Mudo E o paradoxo mais bonito È que continuo sendo o mesmo”...
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
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2 comentários:
no fim é tudo uma merda.
sucesso, meu ébano.
Antes riscado do que digitadas.
Muito bom. De verdade.
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