Diariamente se repetia a cena.
Ponto de ônibus.
Destino em comum.
Ele com seu livro.
Ela com sua amiga, as duas sempre conversando falando sobre coisas.
Ele calado e tímido, com seu livro.
Diariamente se repetia a cena
Entravam no ônibus sentavam , em posições diferentes
Ele só.
Ela com sua amiga.
Elas conversavam em voz alta e sempre falavam de novelas, salto alto , relacionamento e fim de semana.
Ele sempre , com o rosto colocado dentro de um livro. quieto , ás vezes , olhava pela janela e falava sozinho ( em voz baixa ).
Ela o notava
Ele a notava
Mas sempre disfarçavam,quando conseguiam.
Ela pensando , ele é tão bonitinho e tão tímido.
Ele pensando , ela é interessante,mas fala muito.
Trocavam olhares.
Ela pensando , ele é tão estranho um nerd , sempre com livros.
Ele não pensava diferente , que voz irritante que ela tem.
Diariamente a cena se repetia.ponto de ônibus , livro , conversas com a amiga.
Diariamente os olhares tornavam-se, menos indiretos e os pensamentos mais diretos.
Ela pensando, ele está afim de mim, eu sei, pelo jeito que me olha.
Ele pensando, ela está afim de mim, quando fala alto, é pra chamar minha atenção.
Ela pensava , tão tímido, estranho e ainda usa all star.
Ele em seu banco com os seus pensamentos e com o seu livro pensava , cara! ela é tão bonita , mas se usasse all star. (...)
Ele vinha pensando em como chamar sua atenção.
Ela vinha pensando em no que dizer. ele não dá espaço , sempre com o livro.
Ela sempre esta falando. sempre com a amiga.
Pensamento dela:- O que falar pra ele? eu não leio
Pensamento dele: - O que falar pra ela ? eu não saio.
Pensamento dela: - Não...não é possível. não estou interessada nele eu não o conheço.
Pensamento dele : -Não... não é possível. não estou interessado nela . eu não a conheço.
Pensamento dele : -Não... não é possível. não estou interessado nela . eu não a conheço.
Diariamente um afeto. um estranho afeto. Recíproco.
Hoje, ele acordou decidido:
- Vou puxar assunto,vou falar com ela, qualquer coisa. sobre o tempo , perguntar que horas são? se o ônibus já passou... não isso não . vou me apresentar. -Falar de novela? eu não assisto . perguntar se ela quer sair comigo . cinema ? música? pizza? não isso não... vou falar com ela.
- Vou puxar assunto,vou falar com ela, qualquer coisa. sobre o tempo , perguntar que horas são? se o ônibus já passou... não isso não . vou me apresentar. -Falar de novela? eu não assisto . perguntar se ela quer sair comigo . cinema ? música? pizza? não isso não... vou falar com ela.
Hoje, ela acordou decidida:
- Quando ele chegar no ponto , vou puxar assunto, perguntar do livro dele, - já sei vou levar um livro, uma revista. não isso não... preciso falar com ele . o nome dele , vou perguntar o nome dele. - Não , ele vai pensar que estou dando mole. mas estou... já sei vou deixar algo cair bem na frente dele o meu brilho labial . Ah! não sei. (...)
- Quando ele chegar no ponto , vou puxar assunto, perguntar do livro dele, - já sei vou levar um livro, uma revista. não isso não... preciso falar com ele . o nome dele , vou perguntar o nome dele. - Não , ele vai pensar que estou dando mole. mas estou... já sei vou deixar algo cair bem na frente dele o meu brilho labial . Ah! não sei. (...)
A cena se repetindo.
Ela no ponto com a amiga. ansiosa , com frio na barriga , e as mãos suando.
Ele chegando com o livro. imaginando diálogos , convites malucos e frases que possam impressionar.
A barriga dela esfria um pouco mais e seu corpo demonstra uma estranha linguagem corporal
Todos os pensamentos dele e devaneios , agora se fundem e formam um estranho pensamento abstrato impossível de ser formulado em frase.
Seus olhares se encontram.
Com coragem e audácia ela diz:
- Oi.
Ele, que havia ensaiado todo o discurso , pego de surpresa e quase engasgado, responde:
- Oi.
Fazem silêncio.
Ele abre o livro.
Ela volta a falar com a amiga.
E o ônibus chega.
Ele chegando com o livro. imaginando diálogos , convites malucos e frases que possam impressionar.
A barriga dela esfria um pouco mais e seu corpo demonstra uma estranha linguagem corporal
Todos os pensamentos dele e devaneios , agora se fundem e formam um estranho pensamento abstrato impossível de ser formulado em frase.
Seus olhares se encontram.
Com coragem e audácia ela diz:
- Oi.
Ele, que havia ensaiado todo o discurso , pego de surpresa e quase engasgado, responde:
- Oi.
Fazem silêncio.
Ele abre o livro.
Ela volta a falar com a amiga.
E o ônibus chega.
10 comentários:
Eu li...
Eu entendo, singelo nada mais que sincero.
?????Muito bom...estou pensando demais?!?!?!
ah se ela usasse all star
Simplesmente complicado...
(???)
Como a vida se repete todo dia e nem percebemos certos detalhes... Pessoas vão e vem e estamos tão atolados em nossos pensamentos e desejos que deixamos de viver grandes histórias....
...estranha sintonia...poemas infinitos...nada se entende, só sente...nem se quer entender...enteder é afastar-se do objeto, do afeto...
...simplesmente complicado...
aposto que o livro era um drama.
Mto bom esse hein chuckera...lembrei de um fato ocorrido cmg mto ilario q depois te falo mais esse e melhor kkk
bjus
Adorei, principalmente pq nos faz pensar que sempre existe a possibilidade do outo sentir o msm...
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